A partir do sonho de ter uma casa na praia e das dificuldades encontradas para obtê-la,  dois empreendedores mineiros fundaram a Doiz. Com quase um ano de operação e um portfólio de casas de luxo próximo de alcançar R$ 200 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV), a empresa promete a combinação de facilitar a aquisição com a gestão dos imóveis em um formato de compartilhamento de usuários.

Segundo o co-fundador e CEO da Doiz, Bruno Vereza, o modelo de negócio prevê a divisão das propriedades para até oito investidores, reduzindo proporcionalmente o aporte no bem. A utilização do imóvel, por sua vez, gira em torno de 40 dias anuais, número acima da média de utilização de casas de férias.

Mas o papel da empresa vai além. Com uma solução completa, desde a escolha para comprar ou vender frações de imóveis no marketplace próprio, passando pela administração e manutenção das propriedades até o gerenciamento e locação dos dias que o proprietário não quiser usar.

“A proposta é ressignificar o conceito da segunda casa. Ao invés de um bem passivo, gerador de despesas, ela pode ser um ativo imobilizado, proporcionando valorização patrimonial e geração de caixa”, explica

Conforme Vereza, a ideia surgiu de uma necessidade própria, quando se interessou por ter uma casa na praia. Os custos elevados e o período de inutilidade do bem fizeram com que ele e o hoje sócio buscassem, sem sucesso, no Brasil um serviço já bastante consolidado nos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, uma das pioneiras no setor, a americana Pacaso foi a empresa mais rápida a conquistar o status de Unicórnio naquele país, tendo sua avaliação superior a US$ 1 bilhão em apenas cinco meses de existência.

“Aqui no Brasil já existiam empresas de compartilhamento de outros bens, como aeronaves e embarcações, que acabam incorporando a opção de imóvel no ativo. Mas trabalhando exclusivamente com casas de luxo, a Doiz inovou no mercado nacional”, revela.

E a empresa também oferece serviço de concierge e atendimento de demandas, como manutenção do imóvel, agendamento por aplicativo, limpeza, entre outras facilidades para os proprietários.

Mas a proposta é ir além da realização do sonho da casa de campo ou de praia. Para isso, em seu portfólio há imóveis em locais paradisíacos no Sul da Bahia, em Santo André, Trancoso e Arraial d’Ajuda e em regiões mais ao Norte, como Itacaré, além de condomínios de luxo no litoral de Salvador. 

Em Minas Gerais, as propriedades disponíveis estão em regiões de represas e lagos e em cidades turísticas como Tiradentes. E, em breve, haverá unidades também no Sul do País, mais especificamente em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

“A aceitação pelo modelo de negócio tem sido muito boa. Logo quando lançamos os primeiros empreendimentos, eles foram comercializados em apenas três semanas. Uma venda em tempo recorde que validou nossa proposta. Estamos satisfeitos com o retorno e o futuro que enxergamos para a modalidade”, revela.

Por fim, um aplicativo próprio está em fase final de testes, mediante aportes de cerca de R$ 400 mil, e permitirá ao morador controlar todo o imóvel, desde os períodos de agendamento até os serviços que deseja em sua estadia.

“Nossa grande missão é tornar inteligente e agradável a experiência de ter uma segunda casa. Sob o aspecto financeiro, o proprietário não precisa aportar e imobilizar um alto capital, ao mesmo tempo em que tem os melhores serviços de hotelaria em sua própria residência”, finaliza o empreendedor.